17.8.10

Saint-Guillem-le-Désert, uma cidade de brinquedo

No ano de 804 o nobre guerreiro Guillaume de Gellone, primo de Carlos Magno, fundou o mosteiro de Gellone às margens do rio Verdus. Nessa época já havia deixado atrás as armas e as guerras para ser monge. Depois de sua morte, o mosteiro passou a chamar-se Saint-Guillem (forma occitana de Guillaume) em sua homenagem. Ao redor dele nasceu o pequeno burgo de Saint-Guilhem-le-Désert, no século XI.
Toda construída de pedra em suaves tons de amarelo, Saint-Guilhem-le-Désert parece uma cidade de brinquedo perdida em um vale encantado. É pequenina, mas sem se dar conta você passará horas caminhando pelas ruazinhas e descobrindo preciosos detalhes: uma porta, uma janela, um jardim, glicínias floridas, uma sacada. De visita obrigatória são a Place de la Liberté, a Igreja de Saint-Laurent (século XI), a torre das prisões e o Castelo do Gigante, ambas fortificações medievais, e o Mosteiro de Gellone, Patrimônio da Humanidade desde 1998.
















Saindo da Place de la Liberté à pé você pode conhecer as montanhas de Saint-Guillem através de três caminhos. O do Cirque du Bout du Monde ou de l'Infernet, por exemplo, leva à nascente do rio Verdus em uma hora de caminhada ida e volta. Os outros dois caminhos levam à Capela de Notre Dame du Lieu Plaisant (século XI) e ao caminho Fenestrettes, uma antiga trilha de mulas que hoje faz parte do caminho de Santiago.
Para quem quer mais, há muito que ver e fazer na bela região de La Vallée de l'Hérault, começando pelas gargantas do rio (les Gorges de l'Hérault) e a Ponte do Diabo (Le Pont du Diable). Saint-Guillem é o ponto de partida e o quartel general perfeito para muitas excursões. Por isso o próximo post será uma boa dica de onde se hospedar e comer nessa cidade de brinquedo.

Uma curiosidade: quando Guillaume de Gellone chegou a esse lugar depois de haver atravessado as gargantas do rio Hérault, definiu-o como um deserto pela ausência de gente, por isso o le désert do nome.

Caminho do Cirque du Bout du Monde ou de l'Infernet
















Mais sobre Saint-Guilhem-le-Désert 
Commune de Saint-Guillem-le-Désert (francês)
Saint-Guillem-le-Désert (site não oficial, francês)
Office de Tourisme Vallée de l'Hérault (espanhol, inglês e francês). Mais links muito úteis no Catálogo de enlaces.
Saint-Guillem em Les Plus Beaux Villages de France (francês e inglês)
Mapa

Mais sobre La Vallée de l'Hérault
Hérault Tourisme (vários idiomas)
Sites d'exception en Languedoc (francês e inglês)

6.8.10

Um restaurante caseiro de verdade em Lisboa

Descobrimos o Restaurante Caseiro quando procurávamos um lugar para almoçar com nossos sobrinhos depois de visitar o Mosteiro dos Jerônimos. Passamos pela porta, olhamos pela janela e gostamos. Entramos e não nos arrependemos, tanto que repetimos na última vez em que estivemos em Lisboa. Está sempre lotado, isso sim, e convém reservar nem que seja meia hora antes.
A comida é típica portuguesa, caseira, simples e bem feita. Nota dez para os peixes, fresquíssimos, com o bacalhau em primeiro lugar. Para acompanhar, uma garrafa de vinho verde frio (gostamos do Muralhas). E para terminar, uma sobremesa da casa e um café desses que só os portugueses sabem fazer. 

O proprietário e os garçons são atenciosos e estão sempre de bom humor. No cardápio há pratos e preços para todos os gostos e bolsos. As porções são realmente enormes, dá para dispensar os aperitivos sem problema. Aliás, antes de sentar-se não é má ideia dizer educadamente ao garçom que você não os quer: um pratinho de jamón curado e outro de queijo custam 11,00 € e chegam à sua mesa antes mesmo de que você se dê conta.
Se sobrar lugar no estômago para mais comida, o Caseiro está práticamente na frente da famosa Casa dos Pastéis de Belém.


Restaurante Caseiro
Rua de Belém 35, Lisboa.
Aberto de segundas a sábados das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 22:00. Fechado aos domingos e em agosto.
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